O
jovem é diferente das crianças não porque entra na puberdade ou por causa do
amor. O jovem se integra à sociedade porque será capaz de, ao assumir um nível
de pensamento mais complexo, considerar-se parte do mundo adulto.
O jovem sente-se igual ao adulto. Antes, o futuro não existia. Agora ele sabe pensar no passado, no presente e no futuro. “E se agora posso ter um futuro, então PRECISO SER DIFERENTE”. Assim, os jovens tentam um comportamento diferente.
Hoje e ontem, os jovens se rebelam e se conformam, são inconstantes. Uns criam teorias políticas, outros teorias literárias, outros gostam de filosofia, alguns têm crises religiosas.
O jovem constrói ideias ou as adota, reconstruindo a partir de algo que lhe foi apresentado. Então, além da necessidade de participar das ideias dos adultos, para o jovem é indispensável chegar a uma visão de mundo que lhe possibilite afirmar-se e criar algo que lhe dê mais êxito de que seus antecessores.
Muitos reclamam de que os jovens não leem, não estudam, não trabalham, são alienados, irresponsáveis etc etc. Mas, quando o jovem descobre que pode se integrar à sociedade, A QUE SOCIEDADE CHEGA?
A uma sociedade na qual quase ninguém lê. A uma sociedade na qual a mídia dá mais destaque a certas atitudes polêmicas do que a atitudes nobres, a uma sociedade que só muda à base de muita luta. A própria escola está atrasada...
Sabe, alguns adultos falam tanto sobre, contra o jovem, mas quase nunca COM eles...
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