28 de novembro de 2011

Advento

Advento

Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração
O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.

Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?

No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?

No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.

No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.

A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).

Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação!




Extraído de:http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=7741

9 de novembro de 2011

Se ligue no "Bote Fé"

Bote fé: comunidade católica feirense se mobiliza para o maior evento católico do mundo

21/10/2011 - 16:10
Evento será realizado nos dias 22, 23 e 24 de dezembro
Você jovem que está aí sem compromisso marcado para o mês de dezembro, tem um agora que se chama bote fé. Não sabe o que é? Então continue lendo para descobrir esse evento maravilhoso que acontecerá bem perto da nossa paróquia.


A comunidade católica de Feira de Santana está mobilizada para o maior evento católico do mundo, o “Bote Fé”, que será realizado nos dias 22, 23 e 24 de dezembro. O evento é um conjunto de ações que une a comunidade em volta da visita da Cruz Peregrina e do Ícone da imagem de Nossa Senhora.
O “Bote Fé” tem como propósito convocar os jovens para a Jornada Mundial da Juventude 2013, que será realizada no estado do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (21), representantes da Arquidiocese de Feira de Santana estiveram reunidos com o assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio, para discutir os detalhes do encontro.
Segundo o padre Carlos Sávio, a Jornada Mundial, que será realizada no Brasil no ano de 2013 e irá reunir mais de 5 milhões de jovens de 193 países. "O Bote tem a missão de convidar os jovens de todas as paróquias de todo Brasil para estarem presentes. Estes eventos tem uma grande relevância social e religiosa, uma vez que reúne pessoas de todas as partes para orar por um mundo melhor e louvar a Jesus”, destaca .

2 de novembro de 2011

Você sabe o que a Confirmação ou Crisma?

O que é o Sacramento da Crisma?
Nascidos para a vida da graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de procurarmos a santidade com todas as forças da alma. Pelo Batismo nós nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.

2) Matéria e Forma

A matéria do Sacramento da Crisma é o Santo Crisma, o óleo da oliveira (azeite), misturado com um bálsamo perfumado e abençoado solenemente pelo Bispo na Quinta-feira Santa. Essa matéria é usada pelo Bispo na cerimónia da Crisma, junto com a imposição da mão sobre a cabeça, quando o ministro traça o Sinal da Cruz com o Santo Crisma na fronte do crismando, dizendo as palavras da Forma.
A Forma do Sacramento da Crisma é: Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.


3) Ministro da Crisma

O ministro do Sacramento da Crisma é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um Padre pode crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades de amor a Deus. Além disso, só com a Crisma teremos todas as forças necessárias para vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo que seria grave negligência dos pais se não preparassem os seus filhos para receber este Sacramento da perfeição cristã.


4) Instituição da Crisma

Como sabemos que Jesus Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos.”


5) Quais são as graças que recebemos pelo Sacramento da Crisma?

Aumento da graça santificante.
Recebemos de modo novo e especial o Divino Espírito Santo, com seus sete dons sagrados.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
A crisma, como o Batismo e a Ordem, imprime caráter, ou seja, marca de modo indelével a nossa alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não podemos receber a Crisma mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem.


6) Quais são os sete dons do Espírito Santo que recebemos de modo especial na Crisma?

São eles:
1 – Temor de Deus
2 – Piedade
3 – Fortaleza
4 – Conselho
5 – Ciência
6 – Inteligência
7 – Sabedoria

7) Por que existem padrinhos para a Crisma?

Porque, como no caso do Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja nesta ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.

Para terminar, devemos considerar que a Crisma é o Sacramento que aumenta o Amor de Deus em nosso corações. Aos sairmos da cerimônia da Crisma, como soldados de Cristo, temos nossos corações dilatados, abertos para muitas novas graças, capazes de amar a Deus com muito mais forças. É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
Devemos estar atentos em deixá-Lo agir em nós, pois Ele vai nos guiar pelos difíceis caminhos da vida; vai nos encher o coração com muitas alegrias espirituais, com o gosto pela oração, com as forças para vencer as tentações. Só assim poderemos estar cada dia mais próximos do Coração de Nosso Senhor, para servi-Lo e amá-Lo sempre.


Adaptado de:http://www.srcoronado.com/smf/index.php?topic=2604.0

24 de setembro de 2011

Hino da JMJ 2011

JUVENTUDE

Sementes de um futuro bom!

Somos a semente do amanhã...
Quando em nossa alma carregamos o respeito pela vida,
Quando tratamos o outro como irmão,
Quando não nos desprendemos do nosso ideal.
Fazendo o sonho acontecer, caminhando juntos,
entendendo a fragilidade do próximo,
sem o menosprezar ou simplesmente trocá-lo como se fosse mercadoria.
A semente do amanhã que se planta no presente,
ela tem como essência o brilho na certeza de construir o reino de Deus e
assim abrir as portas para o novo que vem.
Não sabemos tudo o que nos aguarda, mas podemos ter uma idéia,
se olharmos claramente para o nosso presente,
pois é no hoje que tecemos a roupa do futuro,
a forma da qual seremos vistos.
Se quisermos justiça, sejamos justos;
Se quisermos união, sejamos íntegros;
Se quisermos respeito, sejamos sinceros;
Se quisermos compreensão, sejamos pacientes;
Se quisermos paz, sejamos construtores;
Se quisermos um mundo novo, então sejamos essa mudança.



Mario Sioli
Maringá - PR (adaptado)

12 de setembro de 2011

Jornada Mundial da Juventude


Card. Odilo P. Scherer - Arcebispo de São Paulo - SP



O tema da Jornada Mundial da Juventude, na Espanha é belo, profundo e tem um significado muito atual: “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl 2,7). Na Carta aos Colossenses, São Paulo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na fé em Cristo e a não se perturbarem com outros ensinamentos e propostas. “Firmes na fé em Cristo”, equivale a um apelo a não desanimar e a perseverar diante das dificuldades inerentes a condição de cristãos.

O tema aponta para o centro da vida cristã: o Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele com uma relação estreita e vital; é receber dele a vida nova, mediante a fé e o batismo. Para São Paulo, isso significa “estar n’Ele”, ser edificado n’Ele, enraizar-se n’Ele. Significa que “já não somos mais estrangeiros e estranhos a Cristo e a Deus, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef 2,11-19). Sem esta referência, o cristão perde o rumo e a Igreja, o seu sentido.

A Igreja aponta para Cristo e convida jovens e adultos a encontrá-lo, a se deixar encantar por ele, a experimentar a alegria e a paz de estar em sua companhia; a acolher sua Palavra e seguir seus passos vida afora. Sim, porque Ele é o Salvador, o pastor, que conduz e ama seu rebanho, que dá a vida pelas ovelhas; é a porta aberta, que leva direto ao encontro com Deus; o “pão”, que sacia toda fome e faz viver para sempre; a água, que mata toda a sede; é a luz, que permite caminhar sem tropeços e sem errar o caminho; é a verdade, a vida, o rosto humano de Deus... Isso interessa aos jovens?

Em nossos dias, o cristão encontra-se muitas vezes desafiado a viver a fé num contexto de esquecimento de Deus, numa espécie de “eclipse do sentido de Deus”, quando não, de clara negação e rejeição de Deus. Renascem movimentos de ateísmo militante e de negação e combate do sentido da fé e da vivência religiosa. Sempre mais se afirma o laicismo na vida pública e se pretende até legislar para tirar dos espaços públicos os sinais e símbolos da fé, sob o pretexto de preservar a liberdade daqueles que não crêem. Crer ofende a quem não crê? Em nome do “Estado laico”, pretende-se relegar a fé e a religião, no máximo, para o espaço da vida privada, sem lhes reconhecer alguma relevância para o convívio social.

No entanto, quando se coloca Deus de lado, também o homem e o mundo perdem seu sentido. Sem uma referência consciente ao Criador, a criatura perde sua identidade e dignidade. O esquecimento ou desprezo de Deus estão na origem de tantos problemas do mundo e da sociedade. Por isso, é necessário e urgente que se reconheça novamente o primado de Deus na vida do homem. “Tudo muda, dependendo se Deus existe, ou não” (Ratzinger, Jubileu dos catequistas, 10.12.2000).

Na sua Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de Madrid, o papa Bento XVI escreve: “Deus é a fonte da vida; eliminá-lo, equivale a separar-se desta fonte e, inevitavelmente, privar-se da plenitude e da alegria. Sem o Criador, a criatura se dilui” (Gaudium et Spes, 36).

A fé é um dom de Deus, que ilumina a vida daquele que crê e a transforma. Só com a fé em Deus, mediante a qual o homem pode entrar em comunhão com Deus e estabelecer com ele um laço de confiança, é que a vida encontra sua plenitude. “Tu nos fizeste para ti, Senhor, e nosso coração anda inquieto enquanto não repousa em ti” (Agostinho).

A fé nos faz aderir firmemente a Deus e a tudo o que Ele significa e revelou para nós. Com freqüência, o ato de fé é incompleto: “creio em Deus, mas...” Existe a tendência de fazer cortes e exclusões no conjunto das verdades da fé e, sobretudo, de desvincular a fé da vida: na prática, vive-se como se Deus não existisse, ou nada significasse para nossa vida e para o mundo. Um Deus “excluído” do mundo não equivale ao Deus da revelação bíblica e da fé cristã.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 09.08.2011